segunda-feira, 30 de maio de 2011

Crianças com amigos imaginários são mais desenvolvidas


Aqui está uma notícia que achámos de interesse para a temática que estamos agora a desenvolver: as crianças e a influência das amizades no seu desenvolvimento. Esperemos que também seja do vosso interesse. :)

Estudo publicado na revista “Child Development”


Os amigos imaginários, grandes companheiros das crianças mais pequenas, contribuem para o desenvolvimento da linguagem, de acordo com um estudo neozelandês publicado na revista “Child Development”.

A equipa co-liderada por Gabriel Trionfi e Elaine Reese, da University of Otago, aferiu a capacidade linguística de 48 crianças de ambos os sexos, com cinco anos e meio de idade. Deste total, 23 crianças tinham amigos "invisíveis".

A capacidade linguística das crianças foi avaliada com base no seu vocabulário e na sua capacidade de contar uma história ficcional a um boneco ou de construir uma história realista baseada num passeio ou acontecimento familiar.

Embora não tivessem existido diferenças significativas em termos de vocabulário, as crianças com amigos imaginários contavam as histórias fictícias e reais com mais pormenores. "O mais importante é que as crianças com amigos imaginários adequavam as suas histórias à tarefa. Nas histórias ficcionais incluíam mais diálogos e nas histórias realistas forneciam mais informações sobre hora e lugar, em comparação com as crianças sem amigos imaginários", explicou a investigadora Elaine Reese, numa nota de imprensa publicada no sítio oficial da universidade.

A investigadora acrescentou ainda que "como a capacidade das crianças para contar histórias é um forte indicador da sua futura capacidade de leitura, essas diferenças podem ter mesmo repercussões positivas no desempenho escolar das crianças".


domingo, 29 de maio de 2011

Crianças sem amigos


A partir dos 4/5 anos uma das experiências mais necessárias é a de ter amigos. Através da interacção com os seus amigos, a criança ganha mais sentido de si porque percebe que os outros a estimam e gostam dela e também ganha mais sentido sobre "os outros" porque percebe que estes também gostam de ser estimados.

Mas nem sempre isto acontece. Hoje em dia, cada vez mais os pais sentem necessidade de demonstrar claramente aos seus filhos o que sentem por eles, para que estes sintam que há alguém que gosta deles e também para permitir que estes possam "enfrentar" os outros no seu caminho para a vida adulta. É notório o esforço que os pais fazem para que a criança cultive amizades e crie laços com outras crianças. O facto de dizer ao seu filho que pode convidar um amiguinho para ir lanchar lá a casa ou que pode dizer para lá passar a noite é uma das formas destes pais contribuírem para a socialização e interacção dos seus filhos.
No entanto, o desenvolvimento de amizades nas crianças nem sempre acontece ou por vezes acontece e constitui más experiências, o que se torna preocupante para os pais. Por outro lado há pais que nem sempre ligam a estes sinais de alerta, pensam que é uma situação passageira e que mais tarde ou mais cedo a criança vai acabar por fazer amigos pois provavelmente é apenas introvertida.
As crianças sem amigos são mais propensas à depressão na adolescência e tendem a isolar-se. Estes efeitos podem ser duradouros e trazer consequências negativas. Podem até ser vistas pelos outros como agressivas ou imaturas pois não desenvolveram correctamente a capacidade de interacção. Um só amigo pode contribuir para proteger as crianças mais retraídas e tímidas de problemas de saúde mental, segundo um estudo da Universidade Concordia, no Canadá. 


Bibliografia:
http://oqueeutenho.uol.com.br/portal/2011/01/19/amigos-sao-importantes-para-proteger-as-criancas-contra-sentimentos-negativos/, consultado em 29 de Maio de 2011;


http://aprendiz.uol.com.br/content/frupideslu.mmp, consultado em 29 de Maio de 2011.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Relações amorosas e a sexualidade

Antes que se chegue às relações propriamente ditas, regista-se uma verdadeira aprendizagem do corpo, um desenvolvimento que segue várias fases que permanecem intermitentes por muito tempo e que adquirem realidade apenas quando se atinge a maturidade.
No adolescente, a sexualidade é uma forma de afirmar a autonomia pessoal. Segundo a psicanálise, a sexualidade dos adolescentes é fulcral no seu desenvolvimento psicológico, no qual se encontram duas etapas fundamentais: o desenvolvimento e o complexo de Édipo. Deste modo, a actividade sexual pode ser considerada como uma manifestação de autonomia perante a família, um sinal de pertencer a um grupo ou mesmo o auge de uma relação afectiva. Estes comportamentos são metas importantes para o amadurecimento social e psicológico dos adolescentes.
As relações amorosas, especialmente as primeiras, são muito intensas, são experiências inigualáveis. As amizades supendem-se, só vemos aquele “amor” à frente… Trocam-se carícias, conversas, beijos, abraços. É uma descoberta do “eu” e do outro, do desejo, da excitação sexual, do carinho e dos afectos.
Cria-se uma intimidade entre os parceiros, a necessidade de proximidade, confiança, protecção. A paixão sentida conjuga o romance com a atracção física e a sexualidade. O casal compromete-se a partir do momento que decide “fazer parte da vida do outro”.
Estas relações fazem-nos crescer, aprender a lidar com as várias situações na vida conjunta. A respeitar o outro e a fazer-se respeitar também.
Hoje em dia, quebram-se tabus acerca da sexualidade e as relações são mais deliberadas. Os adolescentes trocam beijos e carícias, iniciando a sua vida sexual mais cedo, o que aos olhos de muitos adultos e idosos (pessoas de outras gerações) pode parecer repugnante. Contudo se este comportamento, de certo modo precoce, for tratado seriamente e com as devidas precauções, que hoje em dia são deveras abundantes, podemos chegar a uma união conjugal com um maior conhecimento e experiência na área da sexualidade.
A sexualidade, pode por vezes não ocorrer em contexto de relacionamento amoroso, mas desde que as pessoas envolvidas estejam de acordo e cientes do seu envolvimento, não há qualquer problema nem se deve considerar um comportamento inadequado, embora este julgamento dependa da mentalidade das pessoas e dos seus valores morais.
A felicidade que se sente quando envolvidos numa relação amorosa é indescritível. A vontade, o desejo, a excitação fazem parte da rotina. É certo que todas as relações têm “altos e baixos”, bem como aspectos positivos e negativos, mas a verdade é que são essas experiências que nos fazem encarar os relacionamentos de outro modo, mais maduro e consistente ajudando assim a desenvolver a nossa personalidade e atitudes perante os outros e as próprias relações que estabelecemos.

Bibliografia: Guia familiar da saúde, colecção de fichas (dossier de arquivo)

sábado, 21 de maio de 2011

"Momentos decisivos"

O filme "Hoosiers" traduzido para o português "Momentos decisivos" (1986, 1987)  menciona as (cor)relações entre professor/aluno e os processos de ensino/aprendizagem para a Pedagogia do desporto, neste caso específico, o Basquetebol das "high-schools" norte-americanas, em diversos contextos e aspectos. 
Pela análise sistemática, o filme expõe os problemas e prerrogativas dos diversos factores que influenciam e estão envolvidos na formação de atletas, no ensino e preparação desportiva no ambiente escolar e as repercussões que um novo treinador ("coach") provoca, não somente na estrutura desportiva da equipa de jogos coletivos, como também nas relações deste professor/treinador com os seus alunos, com a comunidade local e a agitação que causa na vida quotidiana daquela cidade. 
É focada, inclusive, a sua interacção com outros profissionais da escola, com os pais e familiares, mas principalmente a sua influência na formação e preparação de algo mais que apenas jogadores para jogos de basquetebol....
Prepara os seus atletas para serem cidadãos com valores e formação integral para o "jogo da vida". 
Através do desporto, pode-se observar as possibilidades de trabalhos voltados à formação integral e desenvolvimento humano.
Recomendamos a filme a todos, vale a pena assistir :)

Trailer do Filme: 





sábado, 7 de maio de 2011

Relações interpessoais virtuais

Com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) vivemos tempos de mudança. Esta mudança reflecte-se no quotidiano do(s) indivíduo(s) – elementos que constituem, mantêm e reproduzem uma comunidade ou sociedade. Palavras como espaço, comunidade, mundo, passam a ser referidas no plural. Deixamos de vivenciar um só espaço, uma só comunidade e um só mundo, para passarmos a co-habitar espaços, comunidades, mundos. Paralelamente ao espaço físico, comunidade real e/ou mundo real, surge o ciberespaço, a comunidade virtual, o mundo virtual. (Adelina Maria Pereira Silva, 2002) 

Hoje em dia a internet é sem dúvida uma realidade indiscutível na vida da maior parte da população. Já é raro encontrar alguém que não tenho no mínimo um e-mail.
É verdade que este avanço tecnológico tem vindo a trazer-nos grandes benefícios tais como pesquisar através de um “clic”, comunicar com outras pessoas, fazer e reencontrar amigos entre muitas outras actividades, mas por outro lado, com o uso da internet as pessoas tendem a afastar-se umas das outras a cada dia que passa.
Um dos grandes medos de muitas pessoas é o de se relacionar. A vergonha, o embaraço e a falta de coragem são facilmente superados quando uma relação ocorre num meio virtual.
Através de chat’s, blog’s, facebook, hi5, twitter entre outras redes sociais, as pessoas criam amizades, conhecem outras pessoas e chegam a estabelecer relações amorosas.
Este tipo de relacionamentos pode perfeitamente ocorrer anonimamente, proporcionando aos utilizadores a possibilidade de além de ocultar a identidade, criar uma que se adapte aos seus gostos e que retrate aquilo que mais desejariam ser.
Além desta manipulação de identidade é também possível evitar pessoas, bloqueá-las ou simplesmente exclui-las para que estas já não possam entrar em contacto connosco, o que na vida real não é propriamente possível.

Será isto algo positivo??

Outro grande inconveniente são os encontros que depois de toda a troca de informação virtual se combinam para haja um conhecimento físico e presencial. Aí começam os verdadeiros problemas… Como confiar num “estranho”? Será que do outro lado da rede está mesmo aquela pessoa que esperamos conhecer? Não será alguém completamente oposto àquilo que nos pareceu ser? Será que a nossa química não se irá alterar? Estas são algumas das muitas questões que se colocam…
Muitos procuram a Internet para fazer novos amigos, outros para encontrarem novos amores, outros para trabalho e outros apenas como lazer, mas cada indivíduo deve responsabilizar-se pelas suas “navegações”.
É incerto saber quem está do outro lado e qual a sua verdadeira intenção.
O que é certo é que cada indivíduo deve estar ciente que ir em busca do desconhecido pode não ser a melhor opção.
A internet é sem duvida uma ferramenta imprescindível, mas deve ser manuseada cuidadosamente, pois nada supera o valor das relações pessoais onde existe contacto físico.
É importante não nos isolarmos e distanciarmos dos outros, limitando-nos apenas ao mundo virtual!

domingo, 1 de maio de 2011

Free Hugs

Juan Mann
"Free Hugs" é a campanha dos abraços grátis.
Um homem australiano, conhecido pelo pseudónimo Juan Mann iniciou em 2004 este movimento social no qual o principal objectivo era "oferecer" abraços a pessoas estranhas em locais públicos de modo a anima-las e incentiva-las a fazer o mesmo com os outros. 
Este movimento tornou-se mundialmente conhecido em 2006, através de um videoclip da banda Autraliana Sick Puppies colocado no youtube.
Como era de esperar, as autoridades não ficaram satisfeitas com o movimento, tentando por isso impedi-lo. Deste modo, Juan Mann e alguns amigos conseguiram recolher cerca de 10000 assinaturas para assegurar a permissão das autoridades para continuarem a distribuir abraços pelas ruas.

Quem não gosta de um bom abraço?

A sensação de conforto que invade o nosso corpo e a nossa mente quando somos abraçados é inexplicável. É um apoio imediato, uma sensação de bem estar e de aconchego proporcionado pela pessoa que nos abraça.
Os abraços são um acto de solidariedade, compaixão, bondade, amizade, união (...) São um gesto humanitário executado por alguém, com o objectivo de fazer o outro sentir-se melhor.
Abraçamos em despedidas, em reencontros, em momentos tristes para animar o outro e em momentos alegres para festejar.
Um abraço reafirma o vinculo de amizade e confiança.



ABRAÇOS PARA TODOS!!

E ainda uma sugestão de leitura:
 A terapia do abraço de  Kathleen Keating